segunda-feira, 25 de junho de 2012

O Chorinho se renova

O chorinho se renova O ritmo atinge um novo público e ganha espaço na noite capixaba 21/04/2011 -
 A Gazeta Jaider Miranda
Um ritmo genuinamente brasileiro, com mais de um século de história, renova seu público e ganha jovens intérpretes na cidade. O chorinho, imortalizado por nomes como Pixinguinha, Chiquinha Gonzaga, Jacob do Bandolim e Waldir Azevedo, ganhou o gosto das novas gerações, desmitificando a ideia de que apenas os mais experientes apreciam as "Regionais", como são chamadas tradicionalmente as rodas de choro. O público não fica restrito aos músicos em formação. Botequeiros de todas as idades já são fãs de carteirinha das Regionais, como conta a universitária Mariana Gomes, 23 anos. "Comecei frequentando bares com programação de chorinho, meio sem saber do que se tratava. Hoje, não tenho dúvida de que é o melhor tipo de música para se escutar em um barzinho", diz. "Mesmo quem não conhece escuta, porque é leve, gostoso", opina o publicitário Rodrigo Rocha, 26 anos, que sempre acompanha as noites "chorosas" de Vitória e Vila Velha . O músico Alexandre Araújo, do grupo "Carne de Gato", compara o chorinho ao Jazz americano. "É o ritmo raiz da nossa música e influencia todos as demais criações da MPB". Marcos de Assis, produtor cultural da cachaçaria Venda 46, está organizando o Clube do Choro, juntando grupos locais. "O choro é uma tendência nacional. Já existem grupos organizados no Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte, e vamos trazer o modelo para cá". foto: Carlos Alberto Silva O grupo Carne de Gato toca em eventos e festivais de música através do Estado e em outras capitais ,além naturalmente de extensa carreira em bares . O chorinho tem mais de 130 anos de existência. Conheça os principais hinos e ícones desse rico gênero musical O HOMENAGEADO No dia 23 de abril, comemora-se o Dia Nacional do Choro. Trata-se de uma homenagem ao nascimento de Pixinguinha (1897-1973). Pixinguinha é considerado pelos chorões como o grande nome do ritmo. OS PRINCIPAIS MESTRES Joaquim Calado (professor do Conservatório Imperial, considerado um dos criadores do gênero), Chiquinha Gonzaga (a primeira mulher no choro), Pixinguinha, Waldir Azevedo, Jacob do Bandolim e Altamiro Carrilho. OS INSTRUMENTOS Os típicos são o violão de 7 cordas, violão, bandolim, flauta, cavaquinho e pandeiro. Rodas de choro mais numerosas ainda podem ter clarinete e saxofone. O piano e o trombone eventualmente fazem parte das rodas. OS HINOS "Tico-Tico no Fubá", de Zequinha de Abreu; "Brasileirinho", de Waldir Azevedo; "Noites Cariocas", de Jacob do Bandolim; "Carinhoso" e "Lamento", de Pixinguinha; e "Odeon", de Ernesto Nazareth.

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